Medida entra em vigor no dia em que o país norteamericano exige teste negativo a estrangeiros. Decisão, contudo, pode ser revertida por Joe Biden, que toma posse nesta quarta (20)
Às vésperas de deixar o cargo, o presidente dos EUA, Donald Trump, suspendeu as restrições de viagem a passageiros não-americanos vindos do Brasil e da Europa. O anúncio foi publicado nesta segunda-feira (18) para que a medida comece a valer em 26 de janeiro, mesmo dia em que entra em vigor a exigência de teste negativo para Covid-19 aos estrangeiros que quiserem entrar em território americano. A decisão, porém, pode ser revertida pelo democrata Joe Biden, que toma posse nesta quarta-feira (20) e tem dito que sua preocupação primordial é o combate à pandemia do coronavírus, que já matou quase 400 mil americanos.
Com a medida anunciada por Trump, cidadãos não americanos que estiveram no Brasil e em outros 28 países europeus nos últimos 14 dias poderão entrar nos EUA com um resultado negativo para teste de Covid-19 feito três dias antes de viagens — a medida foi anunciada na semana passada e considerada pelas companhias aéreas como a abertura do caminho para que o governo americano suspendesse as restrições.
A agência de notícias Reuters havia informado no fim de novembro que a Casa Branca estudava suspender parte das restrições de viagem impostas pelo governo do próprio Trump na tentativa de conter a pandemia de coronavírus.
Segundo a reportagem apurou, todas as questões burocráticas em relação ao Brasil tinham sido resolvidas nos últimos dias e as autoridades só estavam esperando o aval de Trump, antes de o republicano deixar o cargo.
Desde maio, somente americanos ou estrangeiros com residência permanente nos EUA podiam entrar no país vindo de nações sob restrição — havia exceções para casos como vistos diplomáticos e para quem viajava por razões humanitárias, de saúde pública e de segurança nacional, por exemplo.
O governo americano havia se comprometido, nos bastidores, a analisar a situação do Brasil logo no primeiro grupo de países em que a suspensão ou revisão de restrições fosse reconsiderada -o que constava também a Europa- mas não havia garantias sobre datas ou formato para uma medida concreta.
De acordo com pessoas envolvidas nas negociações, os EUA avaliavam tanto suspender totalmente as restrições -cenário considerado mais difícil de acontecer até o fim do ano- como liberar a entrada de grupos de viajantes de forma escalonada, autorizando primeiro a entrada de estudantes e empresários, por exemplo.
Além do Brasil, a decisão de Trump beneficia viajantes que passaram pelo Reino Unido, Irlanda e pela pela zona Schengen, que reúne 26 países europeus e onde não há controle de passaportes nas fronteiras internas. O veto à entrada da maioria de cidadãos estrangeiros que viaja da China e do Irã aos EUA, porém, permanece vigente.
Fonte: Diario do nordeste
Além do Brasil, a decisão de Trump beneficia viajantes que passaram pelo Reino Unido, Irlanda e pela pela zona Schengen, que reúne 26 países europeus e onde não há controle de passaportes nas fronteiras internas. O veto à entrada da maioria de cidadãos estrangeiros que viaja da China e do Irã aos EUA, porém, permanece vigente.
Trump suspende restrição de viagem do Brasil aos EUA dois dias antes de sair
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janeiro 18, 2021
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